segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

DOIS BARCOS

Marcelo Camelo

Quem bater primeiro a dobra do mar
Dá de lá bandeira qualquer, aponta pra fé
E rema

É, pode ser que a maré não vire
Pode ser do vento vir contra o cais
E se já não sinto teus sinais
Pode ser da vida acostumar
Será, Morena?
Sobre estar só, eu sei
nos mares por onde andei
devagar dedicou-se, mas
o acaso a se esconder
E agora o amanhã, cadê?

Doce o mar, perdeu no meu cantar...

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