sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A noite e a Graça

Heber de Paula P.

Já é noite, o que eu faço acordado?
O céu lá fora sorri para mim,
Mas eu aqui dentro pareço trancado,
Ou meio perdido num universo sem fim.
As estrelinhas parecem entender
E a lua também parece escutar,
O que nas entrelinhas eu quero dizer
E no silencio da noite eu quero buscar.
Noite, noite, por que me fascinas tanto?
Serão as estrelas com brilho dileto?
Ou a lua formosa, no meio ou no canto,
De um céu que às vezes tem nuvens de branco,
Carregadas eu sei, de afago e afeto,
Com tanto carinho chega bem perto,
E derrama quietinha, um pouco de lagrimas,
E a cada gotinha é só uma pagina,
De um amor que é infinito,
De um amor que é dádiva,
E essas gotinhas se tornaram em sangue
Pra mostrar esse amor que a todos abrange
E é mais uma prova de amor e de graça
Pois é minha e sua essa nuvem que passa,
E de todos os homens, justo ou perverso,
E por cada um deles eu clamo e peço,
Que não demorem pra alcançar
O dia eterno, o sol da justiça.




Heber de Paula
16 de junho de 2005

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